No século XVIII, encontramos a figura de François Voltaire, que defendia a religiosidade interior e independente de ritos e cerimônias. Nesse aspecto, antecipa a proposta espiritualista de uma religião sem culto externo. Ele dizia, criticando a Igreja em seu famoso Dicionário Filosófico: A inquisição é, como se sabe, uma invenção admirável e absolutamente cristã, destinada a tornar o papa e os monges mais poderosos e a tornar todo um reino hipócrita. Ele reafirma Bacon, Locke e Newton. Propunha que o ser humano se ligue à sua condição humana no mundo, reconhecendo-o e amando-o. Para ele, Deus é o autor do mundo e afirma que não se pode atribuir os mesmos critérios de perfeição a Ele e ao homem. Não acreditava que a matéria se tenha feito a si mesma. Deus é o autor do mundo, mas não intervém nele. Sobre o acaso, negava sua existência e dizia que é uma palavra inventada para exprimir o efeito conhecido de toda causa desconhecida. Sua ideia sobre o acaso está de acordo com o pensamento espiritualista, retirado do iluminismo francês. Na história, ele destaca as tentativas da razão humana para libertar-se dos preconceitos e ser o guia da vida social. A história é o esclarecimento progressivo que o ser humano faz de si mesmo.Voltaire trouxe importantes ideias no campo do livre pensar, que incentivaram a libertação das consciências do jugo religioso dogmático. Tal conquista proporciona uma psiquê mais próxima de uma prática religiosa, sem dogmas e sem condicionamentos externos, preparando-a para a religião do culto interno e para a investigação íntima como meio de se conectar com Deus.
Quero parabenizar a escritora Vastí Marques pelos selos conquistados através de suas postagens em seu blog, do qual sou seguidora assídua e admiradora dessa criatura maravilhosa, que é minha irmã.
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