sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Somos poeira estelar

Quando os radiotelescópios captam sinais de galáxias que estão a bilhões de anos-luz de distância, eles nos mostram um pouco do que o universo foi em tempos primordiais. Isto significa que "vemos" as galáxias mais distantes tal como elas eram pouco depois do Big Bang. Tudo o que o homem vê no céu são, na verdade, fósseis cósmicos de milhares e milhões de anos atrás.
Em noites claras, podemos enxergar o passado da história do universo tal como ele foi um dia há milhões, bilhões de anos. E ao fazer isso, de certa forma estamos olhando para trás rumo à nossa origem.
Nós também começamos com o Big Bang, pois toda a matéria do universo é uma unidade orgânica. Em algum momento, num passado remotíssimo, toda a matéria se concentrou num bloco tão assustadoramente maciço, que um pedacinho do tamanho da cabeça de um alfinete pesava alguns bilhões de toneladas. Esta matéria primordial explodiu devido à sua gravidade elevadíssima. E aquele bloco condensado inicial se desfez em pedaços. Só que toda vez em que olhamos para o céu, tentamos encontrar um caminho que nos leve de volta à origem.
Todas as estrelas e galáxias no universo compõem-se da mesma matéria. Uma galáxia pode estar a bilhões de anos-luz das outras, mas todas têm a mesma origem. Todas as estrelas e todos os planetas são de uma mesma estirpe...
O que é esta matéria que compõe o mundo? O que foi que explodiu há bilhões de anos? De onde ela veio? este é o enigma maior. Mas ele diz respeito a todos nós. Profundamente. Nós também somos feitos dessa matéria. Somos uma centelha da grande fogueira acesa há bilhões de anos.
O universo seria igualmente, se não passasse de uma pedra do tamanho de um limão. A pergunta, nesse caso, seria igualmente insondável: de onde veio esta pedrinha?

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