sábado, 22 de janeiro de 2011

Percepção e Realidade

O pensamento faz com que nos familiarizemos com o mundo, buscando compreender o significado dos objetos e das pessoas, das relações entre uns e outros. Diante do real, que sabemos existir, mas que se oculta muitas vezes além de nossas percepções e do nosso pensamento, sentimos estranhamento.
Você conhece a fábula dos cegos e dos elefantes?
Eram cinco cegos que não conheciam o elefante, e um dia foram apresentados a ele. Um dos cegos apalpou as patas e concluiu: o animal se assemelha a grossas colunas. Outro tomou a tromba e pensou ser aquele animal semelhante a uma cobra, sinuoso e flexível. O terceiro, pegando a cauda, imaginou o elefante como um chicote, fino e com fios na extremidade. Já o quarto, tateando as presas, imaginou-o como um bastão maciço. O último cego, ao apalpar as orelhas do animal, ponderou que ele mais parecia um leque maleável.
Para Nietzsche, todo homem que for dotado de espírito filosófico há de ter o pressentimento de que, atrás da realidade em que existimos e vivemos, se esconde outra, muito diferente, e que, por consequência, a primeira não passa de uma aparição da segunda.

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