sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Filosofia: nem dogmatismo nem ceticismo

O ceticismo é uma posição filosófica que conclui pela impossibilidade de conhecimento, quer na forma moderada de suspensão provisória do juízo, quer na radical recusa em formular qualquer conclusão.
No outro extremo, existe o dogmatismo, segundo o qual o filósofo se considera de posse de certezas e de verdades absolutas e indubitáveis.
Enquanto o dogmático se apega à certeza de uma doutrina, o cético conclui pela impossibilidade de toda certeza e, nesse sentido, considera inútil a busca que não leva a lugar nenhum.
Comparando as duas posições antagônicas, podemos perceber que elas têm em comum a visão imobilista do mundo: o dogmático atinge uma certeza e nela permanece; o cético anseia pela certeza e decide que ela é inalcançável.
Mas a filosofia é movimento, pois o mundo é movimento. A certeza e sua negação são apenas dois momentos (a tese e a antítese) que serão superados pela síntese, a qual, por sua vez, será nova tese, e assim por diante. A filosofia é a procura da verdade, não a sua posse, como disse Jaspers, filósofo alemão contemporâneo, concluindo que "fazer filosofia é estar a caminho; as perguntas em filosofia são mais essenciais que as respostas e cada resposta transforma-se numa nova pergunta".

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