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Em nosso mundo de “individualização” em excesso, as identidades são bênçãos
ambíguas. Oscilam entre o sonho e o pesadelo, e não há como dizer quando um se
transforma no outro. Na maior parte do tempo, essas duas modalidades
líquido-modernas de identidade coabitam, mesmo que localizadas em diferentes
níveis de consciência. Num ambiente de vida líquido-moderno, as identidades
talvez sejam as encarnações mais comuns, mais aguçadas, mais profundamente
sentidas e perturbadoras da ambivalência. É por isso, diria eu, que estão firmemente
assentadas no próprio cerne da atenção dos indivíduos líquido-modernos e
colocadas no topo de seus debates existenciais. [...]
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