Um coelho branco é tirado de dentro de uma cartola. E porque se trata de um coelho muito grande, este truque leva bilhões de anos para acontecer. Todas as crianças nascem bem na ponta dos finos pelos do coelho. Por isso elas conseguem se encantar com a impossibilidade do número de mágica a que assistem. Mas conforme vão envelhecendo, elas vão se arrastando cada vez mais para o interior da pelagem do coelho. E ficam por lá. Lá embaixo é tão confortável que elas não ousam mais subir até a ponta dos finos pelos. Há, porém, os que tentam subir a fim de poder olhar bem dentro dos olhos do grande mágico. Esses gritam para os que estão embaixo: "Senhoras e senhores, estamos flutuando no espaço. Mas o seu barulho incomoda".
Chegamos ao mundo com alma de filósofo, entretanto passamos por um processo de acomodação e deixamos de lado a ideia de que o mundo não é uma evidência. Eis aqui um apelo para que voltemos a nos admirar daquilo que vemos e/ou ouvimos. Recuperemos nossa alma de filósofo. Que todos nós tenhamos coragem de formular as perguntas que nos afligem e, como Sócrates, na praça do mercado em Atenas, busquemos em algum lugar, de alguma forma, respostas que nos satisfaçam.
Perguntar é preciso! "De onde viemos?" "O que estamos fazendo aqui?" "Para onde vamos?" "O que é Deus?" "Estamos sozinhos no Universo?" "De onde vem o mundo?" "Há vida após a morte?"
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