Uma carta que não é nem de copas, nem de paus, nem de ouros, nem de espadas. |
A humanidade está diante de questões importantes, para as quais não é fácil encontrar respostas. E então se abrem duas possibilidades: podemos simplesmente enganar a nós mesmos e ao resto do mundo como se soubéssemos tudo o que vale a pena saber, ou então podemos simplesmente fechar os olhos para essas questões importantes e desistir para sempre de ir em frente. Isso divide a humanidade em duas partes. De um modo geral, as pessoas ou acham que estão cem por cento certas, ou então se mostram indiferentes.
De vez em quando, porém, aparece um curinga: nem cem por cento seguro, nem indiferente. Sócrates foi um curinga em Atenas. Não é de espantar que ele incomodasse muitas pessoas, sobretudo quem detinha grande poder na sociedade. Ele dizia que Atenas era como uma égua preguiçosa e ele um mosquito que lhe picava o flanco para mostrar-lhe que ela ainda estava viva. Mas... O que se faz com os mosquitos?
Um filósofo é uma pessoa que reconhece que há muita coisa além do que pode entender e vive atormentado por isto e, certamente, se pergunta:
ü Quem sou eu? O homem possui ideias inatas?
ü Do que o homem precisa para viver uma boa vida?
ü Estamos sozinhos no universo?
ü Há vida após a morte? Já teríamos vivido uma vez?
ü De onde vem o mundo? É possível acreditar no destino?
ü O que veio antes, a galinha ou a “ideia” galinha?
ü Que forças governam o curso da história?
ü Existe um sentimento natural de pudor?
ü O que as pessoas pensam sobre suas vidas? Em que estágio vivem? Há alguma coisa existencialmente importante para elas?
ü O que é esta matéria que compõe o mundo? De onde ela veio? O que foi que explodiu há bilhões de anos?
ü O que se entende por consciência? A consciência é a mesma para todas as pessoas?
ü Que fatores que determinam a filosofia de vida de uma pessoa?
ü Seria possível listar o que uma pessoa pode saber e em que pode acreditar?
ü Por que acreditamos naquilo em que acreditamos?
Os que questionam são sempre os mais perigosos. Responder não é perigoso. Uma única pergunta pode ser mais explosiva do que mil respostas.
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