quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A ALEGORIA DA CAVERNA - Platão

Imagine um grupo de pessoas que habita o interior de uma caverna. Elas estão sentadas de costas para a entrada, com as mãos e os pés acorrentados, de modo que só podem ver a parede do fundo da caverna. Atrás delas se ergue um muro alto, e por detrás desse muro passam criaturas semelhantes a seres humanos, sustentando outras figuras que se elevam acima da borda do muro.
Como há uma fogueira atrás dessas figuras, suas sombras bruxuleantes se projetam sobre a parede do fundo da caverna. Assim, a única coisa que os habitantes da caverna podem ver é esse teatro de sombras.
Eles estão sentados nessa posição desde que nasceram, e por isso acham que as sombras são a única coisa que existe.
Imagine agora que um dos habitantes da caverna consiga se libertar dos grilhões. O que você acha que acontece quando ele se volta para as figuras e as vê elevadas para além da borda do muro?
Para começar, a luz solar é tão intensa que ele fica ofuscado. Se conseguir escalar o muro e passar pela fogueira e chegar ao mundo exterior, ficará ainda mais ofuscado. Pela primeira vez verá cores e formas claras. Verá animais e flores reais, dos quais as sombras na caverna eram apenas reflexos inferiores. Em seguida, verá o Sol no céu, e entenderá que é ele que dá vida a essas flores e a esses animais, assim como o fogo é que tornava as sombras visíveis.
Ele então retorna para tentar convencer os demais de que as sombras na caverna não passam de reflexos bruxuleantes das coisas "reais". Mas ninguém acredita nele. Apontam para a parede da caverna e dizem q
ue aquilo que veem é a única verdade que existe. Por fim, acabam matando-o.

POR MEIO DA RAZÃO, O INDIVÍDUO ISOLADO PODE TENTAR SAIR DAS TREVAS DA CAVERNA E BUSCAR A LUZ, MAS TAL JORNADA EXIGE DO INDIVÍDUO UMA BOA DOSE DE CORAGEM PESSOAL.



Nenhum comentário:

Postar um comentário