sábado, 31 de maio de 2014

Estamos sozinhos?

O autor J. J. Benítez, em seu livro “O Enviado”, aborda a seguinte questão: “Parece-me mais racional e próprio de um Deus sábio e ‘sensato’, a presença de ‘homens’ ou ‘seres’ com ou sem base física que ‘percorram o caminho da Perfeição’, apoiando-se numa lógica evolução física, tecnológica ou espiritual”.
Compartilho da ideia de que, quando Cristo mencionou “as muitas moradas da casa de meu Pai”, falava com grande propriedade acerca dos mundos habitados. Considero racional a teoria da evolução física, tecnológica e espiritual, o que certamente implica estágios sucessivos de existências em dimensões diferenciadas, portanto, em condições também diferenciadas de vida.
É, no mínimo, desapontador acreditar que numa imensidão que se estende em toda a nossa volta, tudo seja silêncio. Qual seria o privilégio do planeta Terra? Concedo-me o direito de pensar sobre o assunto a aventurar-me à exposição de ideias que longe estão do objetivo de tão somente polemizar. Trata-se, portanto, da elaboração e formação de opinião que para mim é muito importante fazer e, quem sabe (num lampejo de pretensão), se alguém vier a ler esses escritos, que formule também um posicionamento quer seja negando ou reafirmando meu ponto de vista. Não importa!
Creio na possibilidade de que sejamos vistos por seres mais evoluídos, assim como, embora atrasados na conquista espacial, tenhamos já projetado investidas além da nossa órbita. É evidente que há muito folclore em torno dos Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs), no entanto acredito que haja uma base racional nas chamadas aparições. Os estudiosos do assunto se encontram, realmente, entre dois fogos: de um lado, estão os céticos e do outro, os fanáticos. São posicionamentos extremistas que dificultam o estudo sério da ufologia.
Faz parte do imaginário coletivo a perspectiva de contato com outros seres. Livros são escritos, filmes são produzidos com invasão alienígena, exploração espacial e até mesmo viagem no tempo. O que parecia um completo absurdo do ponto de vista racional quando H. G. Wells escreveu A Máquina do Tempo – 1895 – hoje cientistas consideram provável a realização de tal feito com base na teoria de Einstein sobre tempo e espaço, bem como as conclusões científicas acerca dos buracos negros e buracos de minhoca, estes denominados portais nos filmes de ficção. “Com a relatividade, deixa de existir um instante universal, um agora válido para qualquer lugar. Depois de Einstein, a viagem no tempo deixou de ser algo impossível.” (Superinteressante maio/2000).
A indagação se estamos sozinhos ou não no universo não é uma abordagem tão somente ficcional, mesmo porque a ficção tem dado mostras do anseio do homem em busca de verdades universais, de respostas para questões cruciais que há muito o inquieta, e isso tem como resultado a revelação de possibilidades de projetos ousados.
O americano Carl Sagan foi o mais importante divulgador da ciência no século XX e, segundo ele, a química que produz a vida é reproduzida facilmente por todo o cosmo. Parece improvável que sejamos os únicos seres inteligentes. É possível, mas improvável. Acrescentou, ainda, que o universo é três vezes mais velho que a Terra; devem existir, portanto, lugares em que houve mais tempo para a evolução biológica que em nosso planeta. Como poderíamos, hoje, concluir que não há vida no resto do universo se existem bilhões de galáxias além da nossa? Não há respostas fáceis, não basta pousar uma vez em Marte para saber se existem por lá uns seres esverdeados ou não.
Constantemente nos surpreendemos olhando para o alto, é uma atitude espontânea e peculiar ao ser humano, desde o mais simples até aqueles que por profissão ou ideal se propõem à busca de um sinal que venha lá de fora.
Diante de nós, temos o posicionamento daqueles que atestam a veracidade das aparições, temos testemunhos de pessoas idôneas; por outro lado, ouvimos aqueles que falam das aparições como fenômenos explicáveis e execram as chamadas abduções. São ufólogos e cientistas que expõem suas teorias acerca da questão, dividindo opiniões.
Carl Sagan dedicou-se, nos últimos anos de sua vida, a investir contra a pseudociência, mas costumava dizer que a ciência não é um meio perfeito de obter conhecimento, mas é o melhor instrumento de que dispomos.
Acredito que no âmago de muitos esteja consolidada a crença de que não estamos sozinhos e que isso faz parte de um pressuposto racional embora não tenhamos aquilo que chamamos de “prova” material para oficializar o fato. Há coisas que são percebidas pela razão, faculdade eterna e imutável do ser humano e que trazemos como certeza dentro de nós desde o começo.

Continuemos a olhar para o alto!

Um comentário:

  1. Acredito que o Criador não privilegiou somente o planeta Terra; outros devem ter suas formas de ser e viver.

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